Vinícius Cugler Magueta

VINÍCIUS C. MAGUETA, 23 anos, da cidade de Praia Grande/SP. Fornado no Curso de Licenciatura em Teatro/Arte-Educação, na Universidade de Sorocaba. Ator, diretor e artista circense (malabares, trapézio, acrobacia, clown, etc). Pesquisador de suspense teatral, com monografia apoiada pela FAPESP no estudo do "serial-killer" Roberto Zucco de Koltès. Além de arte-educador, é também professor de técnicas circenses e diretor teatral.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Criação!

E finalmente temos uma peça!!!
Estou a montar um espetáculo de rua!!! Do zero ao resultado!!!
E como é esta coisa de montar um texto? Uma peça? É muito engraçado isto de criar do zero! Reuniões e mais reuniões para se tirar a melhor idéia de cada um do elenco, juntar todas as idéias, tirar pensamentos equivocados e colocar alguns que irão faltar! Juntar tudo, ler e reler o que ficou, tirar o que distoou do resto, pensar mais, escrever mais, tirar mais, colocar mais...
Separar as falas na boca de cada personagem, CRIAR UM NOME!!!
Cansa e da MUITO trabalho... mas ver e ler ao final o filho pronto pra enfrentar o mundo é muito satisfatório.... mas opa... o filho ainda não está pronto! Precisa da embalagem agora, vamos ensaiar!
E estudar, estudar e estudar aquele mesmo texto que agora você deve pensar que não é seu pra entender cada pedacinho que falta pra se chegar a um resultado de qualidade!
Mas vá lá, um pensamento só meu agora, seria mais fácil se tivessemos conseguido acreditar nisto tudo deste o comecinho, sem aquele friozinho na barriga se perguntando " Será que vai dar certo?"
Este é o problema!
Vai... sempre vai!
Vamos pensar positivo?

domingo, 29 de maio de 2011

Não pode!


Você sabia que não se pode fazer arte de rua para não atrapalhar o trânsito?
Mas eu não entendo...
Até onde cabe minha ignorância também não se pode ser corrupto, roubar, ser policial que aceita propina, se utilizar de poderes hierárquicos para conceder trabalhos a conhecidos ao invés de pessoas capacitadas.

A que ponto chegamos onde um artista que, por ser tanto, vai às ruas, mas nas ruas é preso!?

Sem mais por hoje...

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Aonde a arte te modifica?

(Imagem: Desenhista Alecrim)

Estava ouvindo Denise Fraga dando entrevista para o Panico. (26/05/11)
E ela comentou que o problema não é a influencia da TV nas pessoas que fazem com que as pessoas gostem menos de teatro ou até mesmo o cinema, mas sim os artistas não saberem tocar a "alma poética" do público.
Por exemplo, não importa o grau cultural que uma pessoa tenha, QUALQUER pessoa ri, se emociona e se diverti assistindo Chaplin, o problema é fazer sentar esta pessoa na frente de um Chaplin.
Faz total sentido.
O problema desta pessoa é o tempo e a EDUCAÇÃO que essa pessoa recebe.
e
O problema deste artista é o tipo de obra que ele cria para esta pessoa receber.

Convenhamos: Uma pessoa que vive na favela e nunca tocou em um livro gostaria de assistir um peça de teatro Nô ou até mesmo um Meyerhold?
E Artaud? (Aí talvez sim)

Eu tive um diálogo uma vez com um professor meu que talvez explique um pouco melhor, Jaime Pinheiro, professor de bonecos (um dos melhores que tive):

- Jaime, eu quero ser igual você quando eu crescer!
- Pare de estudar então!
- Nossa! Um professor de faculdade aconselhando um aluno a parar de estudar.
- Não, vocês entendem sempre tudo errado! Sabe qual é o problema? Vocês estudam demais e fazem de menos!
- Como assim?
- Ta vendo este boneco aqui? Não me pergunte da onde vem esta técnica porque eu não sei! Mas eu sei fazer! Pode pedir o que você quiser que eu sei fazer!!! Vocês podem saber bastante teoria, mas a prática é bem diferente!

Não esqueço isso até hoje! Adianta estudar todas as teorias enraizadoras do teatro e não saber qual é a essência do TEU público?

DAS COISAS QUE AMO OU NÃO (X):

NÃO AMO saber que as pessoas estão voltando a acessar meu blog como antigamente (porque eu tenho como saber) e NÃO ESTÃO COMENTANDO!!!

Gente, se no final de uma peça vocês aplaudem quando a peça é boa...
Comentem quando acham um blog bom... (só se este não for bom... é o caso?).

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Quem tem medo do lobo mau!!!


Vou direto à pergunta chave: Do quê e por que você tem medo?

Ontem falei sobre outros cursos que você deve estudar se quiser fazer teatro, cursos sobre o setor financeiro, política e projetos. Porém esqueci de mais um curso que nem sei se existe ainda, mas se não existir, é melhor alguém criar um rápido.
O curso de sinceridade com habilitação em transparência.

Ficamos empurrando nossas frases de impacto por medo do quê?
Somos profissionais ou não?
Somos seguros do nosso trabalho ou não?

Agora suponhamos que temos um profissional da mesma área que a nossa e mais qualificado que a gente. O que fazer?
(a.) Tento de todas as maneiras possíveis acabar com a carreira dele.
(b.) Crio um vínculo profissional com ele para roubar idéias dele.
(c.) Mato ele.
(d.) Dou um jeito para fazê-lo trabalhar comigo, afinal, no âmbito da arte, qualquer pensamento a mais agrega valores no meu próprio trabalho, fazendo com que cresçamos juntos.

ONDE ESTA O PROFISSIONALISMO DESTE POVO???

No trabalho NADA é pessoal, mas penso que pela nossa área ser artística, mesclamos muito o pessoal com o profissional, uma vez que nossas ferramentas de trabalho são nossas próprias relações com o material humano, mas ainda sim devemos saber diferenciar uma coisa da outra. Sem medo de criticar ou agregar valores à outras ferramentas de trabalho diferente das nossas próprias.

Enfim... reflitam!

Atenciosamente

terça-feira, 24 de maio de 2011

Teatro -> Projetos -> Política



Quer fazer teatro?
Então aprenda sobre o setor financeiro, sobre montar bons projetos e principalmente sobre política!

Estou morando em Praia Grande agora e pasmem, montei um projeto de CIRCO bom e barato para uma secretaria daqui e depois de um mês qual foi a resposta?
"Olha, o projeto fica meio inviável pois pensamos que dar aulas de circo para crianças carentes fazem com que elas aprendam só para poder fazer malabares em frente de semáforos e pedir esmolas"

Lembrando que escrevi alguns trechos neste projetos contrariando este comentário, por exemplo:
"Os jovens contemplados com essa oportunidade irão assim, ocupar um tempo de seus dias e pensamentos com mais um aprendizado para suas experiências, impossibilitando talvez que tivessem este tempo livre para estarem em locais em que obtivessem possibilidades ruins, como encontramos facilmente na rua, por exemplo; assim, o circo atua também como delimitador entre um espaço cultural saudável e controlado, e um outro espaço informal que, mesmo que possamos encontrar coisas boas, é mais comum que encontremos caminho até mesmo para a marginalidade."

E

"Estas oficinas propiciam a oportunidade para que os alunos se vejam dentro do universo circense deixando de fora tudo o que se pode aprender de ruim na rua, lembrando que aprender a jogar malabares, por exemplo, envolvido com o universo circense ensina a criança também em lutar pela arte, ao invés desta criança aprender malabares na própria rua para pedir esmolas nos semáforos, uma vez que dentro do circo o aluno não só aprende a técnica, mas aprende também a essência, ética e respeito."

Agora... A própria burocracia já impossibilita bons artistas a exercerem suas profissões da melhor maneira possível, só que além deste fato, ainda temos que nos ver impossibilidados de desenvolver nossos projetos por conta de uma ignôrancia de pessoas que estão em posições de poder.
Grande Brasil!

Até amanhã!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Teatrando e só!

Vamos lá, a coisa funciona da seguinte forma, você estuda (muito), começa a praticar e percebe que a teoria é BEM diferente e quando percebe que esta afiado na pratica, se vê em uma posição de que precisa de mais, uma vez que tua afinação não supera tuas necessidades pessoais (e financeiras) e então força sua criatividade cerebral a ter IDÉIAS.
Estou montando uma peça de rua que traz em seus textos muitas das palavras que escrevi aqui, anos atras!
E tirando o "motivo" que usava para escrever aqui, nunca pensei que estas palavras serviriam para algo mais! Cá estamos mostrando que além de todas as coisas significarem outras coisas, muitas delas significam algo MAIS!!!

O problema sempre é termos que ser criativos DEMAIS, já que não temos dinheiro nenhum normalmente para montarmos cenários e figurinos caros. Para tanto, temos que usufruir de toda nossa gama de idéias para montarmos algo nas melhores condições possiveis SEM GRANA.

Enfim... Se não existisse a pobreza, não existiriam grandes idéias nunca!!!

É isso. Gosto daqui!

Até amanhã.

domingo, 22 de maio de 2011

Anos depois!

Ola a todos (ou não)!!!
Dois anos se passaram e voltei para rever palavras antigas minhas. Quantas lembranças!
Emoções que eram tão intensas e agora... favas!
Mas cá estamos e gostaria de voltar a escrever aqui, uma vez que junto a estas lembranças me veio uma saudade imensa do gosto que era escrever neste blog, por mais que tivesse apenas umas 3 pessoas que o liam e também, por mais que não tenha ninguem agora para ler! Lutarei por este humilde blog novamente, mesmo sabendo da existencia do twitter e afins.

Bom, só para situar: Ainda morando em Sorocaba, comecei a trabalhar no Hopi Hari em 2009 (provavelmente o motivo maior de ter sumido daqui), lá conheci pessoas maravilhosas e muito boas profissionalmente, o que me ensinou muito, mas de lá para cá, foi o último trabalho artístico que fiz, pois conheci a pessoa mais PERFEITA que poderia existir: Larissa Castilho, meu anjo raro que me conquistou com seu sorriso perfeito!
Vou resumir um pouco. Sou completamente apaixonado por ela, portanto: CASAMOS!!!!
E deste singelo casamento surgir a jóia rara: Gabriel Castilho Magueta!!!
Mulher e filho: Posso querer mais o quê? Estou e sou muito feliz agora!

Moramos quase um ano em Sorocaba juntos enquanto ela estava grávida e eu trabalha na fábrica onde meu pai trabalha (algo sobre máquinas e moldes e rotina e rotina e rotina, mas) que me ensinou muita coisa.
Porém realmente a vida nos leva pra todos os lugares: Mudamos para Praia Grande.
E aos poucos estamos voltando a fazer teatro, trabalhando e lutando por aquilo que amamos.

Enfim, aqui estou novamente e terça escrevo sobre meu novo trabalho aqui.
Só queria situa-los.
Amo demais a minha família.

Beijo a todos e saudade de escrever aqui.
Abraços e apernas.

Sou muito feliz!